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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Quartzo Rosa

Algumas clientes tem me procurado pedindo modelos de peças com quartzo rosa que eu fiz, mas que hoje não tenho mais e nem como fazer. Por isso resolvi escrever este post. Não é só o caso do quartzo rosa, todas as pedras tem esse pequeno problema.
Pedra, funciona mais ou menos assim. Você compra um lote de determinada pedra. Vai depois lapidar, ou mandar lapidar, furar ou mandar furar, rolar, ou mandar rolar. Depois você vai criar as peças com suas pedras prontas. Mas, provavelmente, você nunca mais consiga pedras iguais as desse lote que você comprou.
Então, a dica é, se você viu uma peça com pedra e gostou, gostou muito, compre! Porque talvez você nunca mais veja outra igual.
Eu não sabia disso quando comecei a usar pedras nas minhas jóias. E nem acreditava que fosse possível. Aprendi com o tempo.
Muitas vezes vendi peças que eram minhas porque a cliente insistiu muito.
Sabe quando você escolheu a pedra a dedo, fez o desenho com capricho, imaginou quando e como iria usá-la. Comprou até uma roupa específica para usar com a tal jóia, que você fez pra você! Pois é... mas acabou vendendo! A cliente insistiu, insistiu, implorou, não se importou mesmo você dizendo que ja usou várias vezes. Ela amou e pronto! Seu colar maravilhoso ou sua pulseira preferida foram embora. Passei por isso várias vezes! Pra não deixar a cliente triste, a amiga chateada, acabava vendendo. E ouvia do meu marido: _ Não fica assim, a gente compra mais pedras e você faz outra igual pra você!! Faz quantas você quiser! hahahaha Não faz mesmo! De todas as peças com pedras, que eram minhas e vendi, nunca, nunca mais consegui fazer outra igual. Raras vezes encontrei pedras parecidas, mas nunca podendo fazer o mesmo modelo, do mesmo tamanho, muitas vezes nem o mesmo tom de pedra se consegue.
E assim se foram águas marinhas pelas quais choro até hoje. Os Lápis Lázuli, que talvez quando vá ao Chile encontre semelhante, ou precise ir até Badakshan no Afeganistão, onde se encontram os mais lindos e valiosos. Cristais de quartzo rutilado, que nem em sonho encontrarei iguais aos que tive. Com os mesmos filetes de rutilo dourado, nunca mais.
Antes eu achava que você escolhia a pedra.
Hoje acho que a pedra também escolhe você, porque ela também é única. E se vocês se escolheram, não dê pra ninguém, não empreste( podem perder sua pedra), muito menos venda! Vocês podem nunca mais se encontar.
(Esta foi a declaração de uma apaixonada por pedras. Eu!)

Nas fotos, algumas peças com quartzo rosa.
Obs.: O colar com muitos fios e pedras nas pontas, não é um só, são vários. Pode ser usado um único fio, fica delicado e discreto. Ou dois, tres, quantos você achar legal usar. Misturar cores também pode dar certo, e fica lindo dependendo da combinação.

Volto na próxima semana, falando um pouco sobre Vitória e dando dicas divinas para quem não é daqui, mas pensa em vir!! Venha, você vai adorar!!!

















As ágatas

Uma cliente me liga ontem:
_ Carla, você descobriu pra mim qual a pedra de proteção para a grávida??
Eu: _ Você me pediu isso?? Esqueci completamente.
Nem sabia que existia pedra para proteção específica, rsrsrsrs
Fui pesquisar e logo descobri que sim, existe a pedra, que segundo os entendidos protege a grávida e o feto. Pronto!! Mandei a matéria toda para minha cliente. Matéria que por sinal é bem completa, com muitas pedras, sua influência, suas características, etc. etc....
Não acredito no poder das pedras, nem em sua influência, sou bem cética com relação a essas coisas. Mas.... Já usei um colar com muitas pedras de Olho de Tigre uma vez, porque alguém me falou do seu poder, rsrsrsrs Eu precisava tomar uma decisão difícil, era uma situação desgradável. E sou muito tímida. Não sei se foi a "forcinha" do Olho de Tigre, mas quase não me reconheci, falando e agindo com tamanha firmeza e convicção, num momento tão complicado.(Com certeza, me senti "protegida", fator psicológico. E mandei ver!! heheheh)

Mas, voltando às grávidas, são as Ágatas!!!! São as pedras que dão proteção nestes casos.
Tenho atualmente peças em ágata de fogo(ou vermelha), que são as que mais gosto. Embora tenha feito umas pulseiras e brincos de ágatas verdes muito bonitas também. Aí estão algumas fotos de peças com ágatas. Tenho muitas mais, no atelier!













Atendendo a pedidos, de volta, as "bandeirinhas"

A história das bandeirinhas começou assim.
Acho que era 2004 ou começo de 2005. Na época daquela onda do "Brazil" estar na moda lá fora. Era o começo da onda, rsrsrs Mas já se lia em muitas revistas estrangeiras, coisas do tipo;
*From Brazil
*Brazilian fashion
*Brazilian style
Gisele Bündchen arrasava nas passarelas do mundo da moda. E o Lula, já mostrava a que veio, e colocava o Brasil numa posição de respeito e admiração aos olhos do resto do mundo.
As Havaianas vendiam em N.Y. igual a pão quente. E no Rio, São Paulo e até aqui em Vix, os turistas estrangeiros desfilavam pelas ruas com seus chinelos Havaianas, com o detalhe que, as deles sempre tinham a nossa bandeirinha. Sem a bandeirinha, podia ser o pé de um brasileiro, nunca de um estrangeiro!
Pois é, um dia uma amiga que ia para a Suécia, (visitar o namorado, que havia conhecido pela internet. Mais uma daquelas "atuais" histórias de amor que dão certo. Casaram e vivem aqui em Vix, há 4 anos) me pediu;
_ Carla, faz alguma coisa que lembre o Brasil, pra eu usar lá na Suécia!
Eu (pensando): _ Humm??? Coisa que lembre o Brasil? Como assim??
Já me ví fazendo algo verde e amarelo. Nunca! Jamais faria algo verde e amarelo. Na minha cabeça são duas cores que não fecham, não combinam, não se completam, enfim...
Mas, lembram o Brasil! Sim, mas eu não usaria nunca essas cores numa peça minha. Teria que juntar esmeraldas a citrinos, talvez??
E brincando com meus fios, saiu uma das primeiras bandeirinhas. Prateada, de alumínio escovado e martelado. Saíram outras depois, no mesmo estilo.
Minha amiga adorou! Comprou para usar na Suécia e levou outras para dar de presente.

O "Brazil" estava na moda!! Fora do Brasil!

Tive um pouco de orgulho disso. De lá pra cá, não deixo de ver o prazer nos olhos do turista estrangeiro que compra minhas peças. Eles sempre comentam que estão muito satisfeitos porque levarão uma peça brasileira e feita à mão (handmade) para o seu pais. Tanto o europeu quanto o americano tem muita admiração pelo nosso trabalho e valorizam demais o fato de ser artesanal.
Vendemos também para pessoas do Oriente Médio, da África, da Ásia, da Austrália, da Nova Zelândia. Temos por exemplo, umas clientes de Burkina Faso(um pequeno pais da África) que vem sempre a Vitória e nunca deixam de comprar conosco.
Certo dia, uma garota de uns 25anos, com um rosto oriental, falou para a brasileira que estava com ela:
_ I want things with Brazilian style!
Ela era chinesa! E queria algo com o estilo brasileiro!!
Levou brincos e pulseiras, encantada com as cores e a leveza do material.
Isso enche de orgulho!!
Igual a essa, tenho muitas histórias. Vou contando aos poucos.
A propósito, acho que o Brasil continua na moda, a diferença é que agora muito mais pessoas viajam para cá, somos mais conhecidos, somos mais respeitados! Não vai ser uma onda que vai passar! Asi creo yo!!


Voltando às "bandeirinhas", elas venderam muito naquela época! Para estrangeiros que visitavam Vitória a negócios ou a passeio.
Para brasileiros muito fãs do Brasil.
Para brasileiros que moravam fora do Brasil.
E para brasileiros que iam viajar para o exterior e levavam para presentear amigas e parentes.
Foi um sucesso!!!
Depois, como faço com tudo, parei de produzir. Surgem outras idéias. Cada coisa tem seu tempo e seu espaço.
E hoje, atendendo a pedidos, voltaram as bandeirinhas. Agora na intenção de apoiar os "meninos do Dunga".

BAFANA, BAFANA!!!!
( Meninos, para os africanos!! Que seja "meninos", para nós também!)








sábado, 29 de maio de 2010

Pulseira de alumínio maciço escovado

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Detalhe do escovado de um anel

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Anéis reguláveis, com ametista e quartzo rosa

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Brincos e pulseiras de madrepérola

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Peças em turquesa, howlita, sodalita e alabastro

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Colar de madrepérola

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Cristais de quartzo, pulseira e anel

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Pulseiras de alumínio com fios de aço inox, uma escovada, outra polida.

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Mesa de trabalho

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Pulseiras de alumínio maciço

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De lá pra cá...

Quando morávamos em Porto Alegre, eu já trabalhava há um tempo em APAES (fazia um trabalho de estimulação precoce, com crianças portadoras de síndromes diversas) e o Fernando que é formado em Psicologia e estudava Psicanálise na época, trabalhava em uma clínica para dependentes químicos. Como eu já era do meio das artes e desenhar jóias era uma coisas que eu fazia desde cedo, comecei a estudar joalheria. O Fernando foi na carona, por ter se entusiasmado, não sei se pelos resultados que eu apresentei em poucas aulas, ou se pelo fato dele ser muito curioso e admirar todos os tipos de arte. Sempre acho que músicos se interessam mais por atividades artísticas que as demais pessoas (Fernando estudou música, chegou a estudar na OSPA).
Nos últimos anos que moramos no R.S. estudávamos joalheria no tempo livre, por hobby, por curtir mesmo, sem pensar que viríamos a trabalhar e viver disso.

Sempre me perguntam aqui, o que nossas jóias tem a ver com o Espirito Santo. Eu acredito que tudo!! Elas são essencialmente "capixabas"!! Por sua estética, por sua leveza, por suas cores, por seu movimento. Foi aqui que pesquisamos e descobrimos materiais alternativos para nossas jóias. O alumínio e o aço inox são a base do que fazemos hoje aqui, diferente da prata e do ouro, que era o que usavámos para fazer jóias no R.S. Utilizamos pedras compradas nos mais diversos lugares do país e algumas no exterior. Mas o estilo de nossas peças revela a leveza, a cor e a alegria de um lugar ao sol. De um lugar onde o calor faz toda a diferença.

Espero que vocês também se apaixonem por Vitória!!!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Nossa história

A razão de começar este blog foi talvez a necessidade de falar sobre a nossa história. De como dois malucos saíram de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e vieram parar em Vitória, no Espirito Santo. Deixando para trás família, profissão, amigos, trabalho... Com a cara e a coragem (da minha parte, pouquíssima coragem!!!), sem conhecer ninguém, sem nenhum emprego em vista, e com pouco dinheiro. Hoje, treze anos depois, com muita história pra contar... Fazendo jóias artesanais, que viajam para todos os cantos do mundo.
Espero que alguém mais que minha mãe e minhas amigas leiam este blog e aqui possam conhecer nosso trabalho e a história que existe por trás de cada peça feita por nós.